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Avatar de Aline Valek

Que abraço essa newsletter, me identifiquei demais. Também fui bolsista do ProUni e o choque de realidade ao entrar na faculdade foi real. O contraste só aumentou quando mudei para São Paulo e comecei a circular entre pessoas da classe média alta paulistana. Mesmo já sendo outra, mesmo já tendo "superado a pobreza" (porque ganhar algum dinheiro não é o suficiente para superar isso), nunca me senti tão pobre, mal vestida e atrasada. Migrar pra Alemanha foi fichinha depois dessa experiência.

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Avatar de Anacê Martins

é curioso mesmo como o inglês é muito usado como marcador social. meu inglês nunca foi bom e eu morria de vergonha de falar perto dos meus colegas de trabalho. era muito comum rirem de uma fala ou um texto escrito em inglês de alguma pessoa do escritório. então eu morria de medo de ser descoberta. fui aprender inglês de verdade, de verdade mesmo, com mais de 30 anos, porque tive que me desenlaçar desse tanto de trava que eu tinha em relação a mim e quem eu era falando inglês.

eu também sou uma adoradora desse tipo de narrativa de ascensão social, e também AMO o lugar, mudar: método, o que é meu, a tetralogia napolitana e todos esses livros que mostram pessoas escapando dos próprios destinos através da educação. dar nome às coisas e mostrar pras pessoas que aquilo não aconteceu só com elas é tão bonito e ajuda a amenizar a dor das lembranças que tudo isso causa na gente. ajuda a fazer as pazes com a gente e com a nossa origem.

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